A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é uma condição silenciosa que afeta milhões de brasileiros e pode levar a complicações graves, como infarto e AVC. Em alusão ao Dia Mundial da Hipertensão (17 de maio), o cardiologista e professor da Afya Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, Alexandre Negri, esclarece os principais mitos e verdades sobre o tema — e reforça a importância da prevenção.
Tirar todo o sal da alimentação cura a hipertensão?
Mito. Eliminar completamente o sal da dieta pode, em alguns casos, ter efeito contrário. “A ausência total de sódio pode aumentar a reatividade vascular, dificultando o controle da pressão. O ideal é uma ingestão moderada e orientada”, explica o especialista.
O estresse aumenta a pressão arterial?
Verdade. Situações de estresse emocional podem provocar picos de pressão, mesmo em pacientes em tratamento. “Além de estresse, fatores como consumo excessivo de álcool e alimentação inadequada também influenciam negativamente. Técnicas de relaxamento, psicoterapia e hábitos saudáveis são grandes aliados”, recomenda o cardiologista.
A hipertensão é mais comum entre as mulheres?
Parcialmente verdade. Embora os estudos costumam incluir mais homens, há fatores específicos que tornam a hipertensão mais perigosa para mulheres, como o uso de anticoncepcionais, tabagismo e consumo de substâncias como energéticos e termogênicos.
Alho ajuda a reduzir a hipertensão?
Mito com ressalvas. “Alguns estudos indicam possíveis efeitos benéficos do alho, mas eles são leves e não substituem o tratamento médico. Além disso, o uso excessivo pode causar desconfortos gástricos e mau hálito”, esclarece o especialista.
Apenas idosos têm hipertensão?
Mito. A doença pode afetar pessoas de todas as idades — inclusive crianças e adolescentes. “Casos diagnosticados em jovens devem ser investigados com atenção, pois podem indicar causas secundárias. Fatores como obesidade, sedentarismo e predisposição genética aumentam o risco”, alerta Alexandre.
Apesar de não ter cura, a hipertensão pode ser controlada com medicação adequada e mudanças no estilo de vida. “Adotar uma alimentação equilibrada, evitar o tabagismo, praticar exercícios físicos e controlar o estresse são atitudes essenciais para quem quer prevenir ou tratar a doença”, conclui o cardiologista.
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